segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Meu Deus, meu pai de amor

Meu Deus que ri comigo

Começarei hoje uma serie que eu chamo de “As Crônicas de um cristão”, nela escreverei coisas comuns que acontecem comigo, mas em que eu vejo a mão de Deus sobre elas.

Podem parecer coincidências, ou até ocasiões comuns na vida, mas eu creio em uma coisa, uma frase que li e nem sei que é o autor que diz assim “na vida você tem duas opções, ou você crê que nada é milagre, ou crê que tudo é um milagre”.

Eu creio que tudo é um milagre, eu creio que Deus sabe tudo e tudo controla, eu creio num Deus que é próximo a mim, um Deus amigo um Deus que ri comigo.

O fato que vou transcrever aconteceu ontem dia 05/01/2012 comigo no caminho do trabalho pra casa, o escreverei do meu modo, um modo livre, livre assim como Deus me fez.
Vamos á historia:

“Que calor da África” pensei eu e logo me veio um pequeno sorriso me lembrando que quem fala assim é minha namorada, bateu uma ponta de saudades também. Vou ficar dois dias sem computador em casa, mandei o meu pra formatação, serão dois dias sem falar com ela, mas, tudo bem, ela entende.

São quase 17h que vontade de sair logo do trabalho, minha sala apertada e fechada nem ventilador têm, e esse calor está de matar. Quero sair logo, quero férias! Gosto do que faço, mas já faço isso a mais de um ano e três meses, preciso de uma pausa.

16h56mim, vou sair, quatro minutos não vão fazer falta, alem do mais aproveito e pego um ônibus antes e ele vem vazio, ótimo pra sentar e puxar um cochilo, tenho duas horas positivas mesmo, quatro minutos não vão fazer diferença.

Bato o ponto, saio um pouco apressado, e pouco antes e chegar ao ponto, vejo meu ônibus, “Ótimo! Eu não estou longe, vai dar tempo!”. Seguro melhor minha mochila e corro, e da tempo! Consigo subir no ônibus e olho para o céu, azul e limpo, um dia belíssimo, porem, quente demais.

“Precisamos de chuva, bem que podia chover bem forte”, mas um céu azul daqueles, esquece Pedro, sento-me em um banco, coloco meus fones de ouvido, ligo meu metalzinho básico, e fecho meus olhos. Sorte que já me acostumei com o trajeto e nunca durmo por completo, chegando ao terminal, estou na parte coberta, mas já sinto um clima mais abafado, o ar mais úmido, “que estranho” penso eu, de um clima bem seco fomos ao um clima úmido e abafado.
Subo as rampas ate a minha plataforma, meu ônibus esta lá! Sorte! Lucky! Olho pro céu e tomo um susto “Deus do céu, que céu cinza!”.

Nuvens! E não nuvens bonitinhas não, nuvens feias mesmo, daquelas de dar medo em marinheiro, e eu reclamo? Que nada, ai sim meu humor melhora. “Hoje eu tomo um banho de chuva eu penso”, e também penso “Deus o Senhor é demais, era disso mesmo que nos precisávamos, o Senhor entende a necessidade, te agradeço pai”.

Entro no meu ônibus, mas como nada é perfeito, só Deus é perfeito, meu ônibus esta lotado, sem lugar pra sentar e com um monte de gente de pé. Normal, todo dia esta assim mesmo, raros são os dias em que eu sento naquele ônibus, depois de uns 5 minutos, o ônibus sai do terminal.
As janelas estavam abertas, Claro! Eu mataria quem fechasse as janelas naquele calor, mas de repente sinto um vento frio demais. Meus amigos pensem na melhor sensação da Terra, aquele calor de no mínimo 33º, de repente é cortado por um vento frio, daquele de gelar a coca, que delicia!

Senti meu corpo suado sendo refrescado de uma maneira indescritível, “Deus é bom!” pensei, mas a temperatura caia ainda mais e mais, a chuva começou a cair e torrentes enormes e fortes, tempestade mesmo, mas sem raios.

Eu que estava de pé bem na frente da porta do ônibus sentia um alivio imenso toda vez que ela se abria, porque o vento frio estava maravilhoso, dois pontos antes do meu começo a ouvir sons, de PANCADA! Em cima do ônibus “gelo! Ta chovendo granizo, ta caindo gelo do céu!” qualquer um ia reclamar e pensar, “poxa! Logo hoje que estou a pé vai cair gelo” eu não, devo ser louco, mas eu agradeci a Deus, era disso que eu precisava, pensei, uma chuva forte e gelada.

Caia muito granizo quando desci do ônibus, mas eram pedras pequenas, pequenas que só davam pra sentir e era gostoso quando elas batiam na pele, não machucariam nem uma mosquinha.
Eu desci do ônibus, e comecei a gargalhar, são 150 metros de rua do ponto ate em casa, eu estava sozinho na rua caminhando lentamente e rindo, rindo muito e agradecendo.

O chuva me encharcava todo, antes de chegar na esquina eu já estava molhado ate os ossos, e quanto mais eu me molhava mais alegria eu sentia, mais eu agradecia, o gelo batia em minhas pernas e braços com suavidade, pequenas pedrinhas geladas que me acertavam, neste momento meu vizinho (ateu e bem metido, daqueles que dizem não acreditar mas vivem julgando Deus e falando mal de Deus, pra mim ele julgar um Deus que ele não acredita é o mesmo que eu processar um unicórnio rosa, não é nem racional e nem lógico e pros ateus a racionalidade e a lógica são o marco principal) ele vinha praguejando e correndo xingando a chuva! E eu rindo demais! Ele que um dia antes mesmo xingava o sol e o calor querendo chuva, praguejava contra a chuva, tanta irracionalidade em alguém que se diz racional e lógico.

Isso aumentou e muito meus risos, até eu conversava com Deus, agradecendo a chuva e o gelo, que só estavam fazendo bem, que estavam refrescando este lugar enormemente quente quando uma pedra acertou minha orelha, “ei! Eu também posso brincar” pensei parecendo uma criança apontei minhas mãos ao céu e falei baixo “HADOUKEN” neste momento uma pedra de um tamanho um pouco maior pegou em meu dedinho (e doeu!) outras duas pequenas em seqüência acertaram minha testa e meus ombro esquerdo, com um pouco mais de velocidade, “ok! Só você brinca então, não solto mais hadouken em você” as pedras começaram a diminuir, o gelo caia mais vagarosamente quando eu ia chegando perto do portão de casa, ao entrar em casa, um raio corta o céu distante de mim, e em poucos segundos um trovão ruge com força, minha gargalhada aumenta. O rugido do trovão parecia mais uma risada do que um grito de guerra. Senti que Deus estava ao meu lado, como um grande amigo, rindo comigo da nossa brincadeira, como um pai ri sinceramente com um filho durante uma brincadeira.

Entrei em casa ensopado e feliz, fui tomar banho, saindo do banho visto-me e sento em minha cama, a chuva esta parando, não há mais gelo caindo, agora é apenas água, e ela cai de uma maneira mais ritmada e esta enfraquecendo, fico sentado em minha cama com um sorriso em meu rosto, pensando “quantas pessoas estão reclamando da chuva? Aposto que são aquelas que pediam chuva a menos de uma hora atrás que estão reclamando da chuva de agora. Nós pedimos a benção, mas quando ela chega nós não a vemos e as vezes reclamamos dela” Deus nos abençoa e sabe do que precisamos, Deus é um pai amoroso, e com certeza tem senso de humor.Fim.

Realmente acredito no senso de humor de Deus, Deus é um amigo pra mim, um mestre e um pai, mas também um amigo.

Eu deixo que Deus brinque comigo, assim como meu pai brincava, Deus quer estar na nossa vida por inteiro, ele nos ama, e que nos ver felizes, então será que ele não brinca com a gente?
Deus nunca força nada, acho que esse sentimento que tenho de brincar com Deus, ou Deus brincar comigo, se divertir ao meu lado, e eu me divertir ao lado dele, é porque eu assim permito, eu permito e ele permite.

Muitos de nós permite que Deus mude, corrija, abençoe, diga, e comande suas vidas, e isso é o que ele quer mesmo, nós colocamos ele no centro isso é correto, mas a maioria não se permite ser criança perto de Deus, eles crêem num Deus de amor, mas que não brinca com seus filhos, que pai que ama não brinca?
Nos queremos um Deus forte, santo e amoroso, e isso ele é, mas eu quero mais, eu quero o Deus da bíblia, se fosse possível ser como criança quando vai escolher um doce ser colocado pra escolher um deus, eu apontaria direto pro Deus que eu creio, pro meu Deus da bíblia de diria “Eu quero esse! Esse Deus é quem eu quero”.

Eu creio num Deus que esta sempre do meu lado, que me abraça e comemora comigo minhas conquistas, creio num Deus melhor amigo, que ontem sentou ao meu lado em minha cama e enquanto eu ria da situação ele ria mais ainda, eu creio num Deus que chorou de rir comigo ontem, um Deus que brincou comigo na chuva.

Eu creio nesse amigo chamado Deus, creio nesse pai que impõe limites, que corrige, mas que ama e brinca com seus filhos se assim eles permitirem.

Eu brinco com Deus, mas eu rio COM Deus e não DE Deus, eu não concordo com a frase “com Deus não se brinca”, porque Deus brinca comigo como um pai que brinca com um filho, como um melhor amigo, mas eu concordo com a frase “De Deus não se zomba” e dele não se zomba mesmo, eu fico irritadíssimo quando faltam com respeito com meu Deus, dele não se zomba porque a ele toda honra, gloria, poder e adoração pra sempre e amem.

Deixe que Deus brinque com você, sinta a alegria de brincar se divertir com Deus, sinta como é ser feliz de verdade segundo a Cristo, muitas vezes me sinto como criança pequena que se agarra nas pernas do pai olha pra cima e pergunta com doçura “brinca comigo?”, assim eu olho pra Deus, como um pai que ensina, corrige, ama e brinca, como um melhor amigo, que consola, anda lado a lado, ajuda e ri comigo.
Assim é meu Deus.

Um Deus que ri comigo
Dj Ero-senin