segunda-feira, 28 de março de 2011

Dia 4 da vida de

Matsuri Boy: um conto de Dj Ero-Senin

Dia 4

“Diário, que não passa de um death note que eu comprei num evento (e paguei caro ainda) falta um dia pro matsuri, estou animado e ansioso, a Yuki percebeu isso me perguntou por que eu estava tão animado, disse que era porque estava chegando o fim de semana, ela entendeu que era porque eu estava ansioso pelo matsuri, mas não falei nisso, não queria ela brava, ela fez que não entendeu e não tocou mais no assunto.”

“E mais um dia no cursinho (câmara de tortura), e mais um dia ao lado de Yuki, ela estava mais animada hoje também, tive medo de perguntar por que, mas sei que acabaria descobrindo ela me conta tudo (e às vezes isso me machuca mais que um tiro) então puxei meu assunto com ela longe disso falando de coisas que gostávamos em comum, esse era um assunto difícil porque tínhamos mais diferenças que semelhanças, mas gostávamos de algumas coisas em comum, ficamos falando de sonhos, ela quer ser promotora de justiça e mais tarde juíza, inteligente como ela é não duvido que consiga chegar a muito mais que isso, mas a única coisa que eu queria que ela fosse, ela nunca seria, agora eu era o irmão dela, as esperanças se perderam, mas os sentimentos continuaram.”

“Depois do cursinho como era de costume fomos passear juntos, mas hoje falei que precisava voltar mais cedo pra casa, ela perguntou porque e eu disse que era porque eu queria escrever um pouco, ela sabia que eu queria ser escritor, e que as vezes eu escrevia, mas ela nunca me perguntou sobre o que, ela com certeza achava que era sobre cultura oriental, por isso não perguntava, mas eu não iria escrever hoje eu iria chegar e treinar para o dia de amanhã no matsuri, eu não me permito errar como não me permito mostrar meus sentimentos, mas se eu falasse isso pra Yuki ela ficaria muito brava e falaria que eu sou um idiota completo, um otaku bitolado, mais um idiota maluco por desenhos animados, isso eu não queria que acontecesse, por sorte ela me disse que precisaria ir embora mais cedo também, por azar era pra sair com o Tiago, eu não tinha nada de mal contra ele, mas o invejava, Yuki gostava demais dele, gostaria de ser ele por apenas um instante, eu não me pergunto o que ele tem que eu não tenho, eu já sei, ela me fala, sempre, todas as qualidades dele, ele pelo jeito não tem defeitos, então antes que ela começasse a falar dele me despedi e fui pra casa, precisava dançar.”

“Chegando aqui, por minha sorte eu estava sozinho, liguei o som e comecei quis começar com algo fácil, coloquei Giza-Giza pra tocar e comecei a dançar, prestando atenção apenas nos meus movimentos deixando eles perfeitos, limpando minha mente, essa é minha terapia, mas o rosto dela aparecia na minha frente toda vez que eu fechava meus olhos, eu a via, toda vez que eu fechava meus olhos eles se encontravam com os dela, eu aumentei o volume fazendo a imagem dela se dissipar da minha frente, mas ela voltava, eu aumentava, ela se ia, mas ela voltava, era mais forte que eu, meu próprio coração havia me traído, eu que estava apaixonado e nada mudaria isso, então minhas pernas me traíram, me colocaram de joelhos, meus olhos me traíram também e eu chorei, chorei de angustia, chorei de amor, chorei de ódio, chorei por não ser o que ela quer, chorei por ela não aceitar o que sou, sei o que sou, amargamente eu chorei, depois que não havia mais lagrimas a ser derramadas levantei, e dancei, consegui limpar minha mente, por apenas um instante eu a esqueci que a amava, esqueci o que sentia, não senti mais nada, apenas meu corpo, apenas a musica, apenas um sentimento que se tornou raro pra mim.Alegria.”

“Estou feliz que amanhã será o matsuri, finalmente algo que me faz feliz, alguma paixão que não me faz sofre.”

“Mais um dia, mais uma vez volto pra casa, com o coração um pouco mais partido, mas sei que amanha pode ser finalmente um dia bom, com boas coisas a serem escritas, estou com a consciência limpa, fiz o certo, ela esta feliz, isso basta, sofro pelo certo, mas o certo é o certo e o certo algum dia pode valer a pena...

CONTINUA...

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